sábado, setembro 30, 2006

Era uma Vez uma Viúva

A vida tornou-se numa rotina aborrecida. Acordar e fumar um cigarro. Lavar a cara, os dentes e fumar um cigarro. Depois do pequeno-almoço fumar um cigarro. Limpar a casa, aspirar, tirar o pó e fumar um cigarro. Ver TV e fumar ao mesmo tempo. Fazer uma sandwich antes de almoço e fumar um cigarro. Fazer uma pequena sesta, acordar e fumar um cigarro. Ler o jornal e fumar um cigarro. Fazer a lista de compras e fumar ao mesmo tempo. Antes de sair de casa para ir fazer umas compras e fumar um cigarro. Conduzir para o mercado e pelo caminho fumar um cigarro. Antes de entrar fumar um cigarro. Assim que sair da caixa para pagar, fumar um cigarro. Cozinhar o jantar e fumar um cigarro. Depois do jantar, fumar um cigarro. Arrumar a mesa, lavar o prato e fumar um cigarro. Ver um pouco de TV antes de ir dormir e fumar uns cigarritos. Ir para dentro da cama e fumar antes de dormir. Dormir.

Desde que o marido morreu há alguns anos atrás, nada na sua vida parecia ter qualquer significado especial. Semanas passavam e sorrisos na boca dela nem vê-los. Nada parecia trazer-lhe felicidade.

Contudo, aquele dia ia ser diferente. O telefone tocou depois do pequeno-almoço.

Antes de atender, correu para acender um cigarro. Ao quarto sinal de toque ela alcançou o telefone e levantou o auscultador. Era a sua filha. Vivia apenas a uma hora de distância mas a sua carreira profissional, a vida ocupada do marido, a escola dos miúdos, futebol, aulas de piano e o ballet, impediam-na de visitar a mãe com mais regularidade. Mas para surpresa geral, a filha decidiu ir visitá-la no próximo sábado.

Pela primeira vez em tantas semanas ela parecia irradiar felicidade. Assim que desligou o telefone, com a excitação acendeu mais um cigarro. Ela tinha que receber a família com pompa e circunstância. De imediato ligou para o cabeleireiro para marcar hora. Lá foi, fumou vários cigarros enquanto arranjava as unhas e ao mesmo tempo contava ás outras clientes o belo fim-de-semana que iria disfrutar com a filha e os netos. Quando chegou a casa nesse dia, fumou um cigarro e começou a preparar uma refeição deliciosa. Quando acabou fumou mais um cigarro, vestiu o pijama, fumou outro e por fim adormeceu. Assim que acordou no dia seguinte, completamente ansiosa fumou um cigarro. De novo, lavou a cara e os dentes e depois fumou. A seguir ao pequeno-almoço mais um cigarro. Continuou a preparar tudo e a fumar ao mesmo tempo. A racionalização que fez foi que dado que não queria expôr os seus netos ao fumo do tabaco, mais valia fumar mais que o habitual antes de eles chegarem para compensar os cigarros que não ia fumar quando eles estivessem por perto. Uma última limpeza e um último cigarro e estaria pronta. E estava!

A campainha toca.

Ela corre para a porta para abri-la. Lá estava, a sua família. Todos se sentem excitados. Ela vai beijar o mais novo e este responde: "Oh vó.. cheiras mesmo a cinzeiro!" Era o neto dela, e ela já estava habituada a estes comentários por isso nem ligou. Depois de 15 minutos para pôr a conversa em dia, foi com a filha á cozinha para acabarem de preparar o jantar. 1 hora depois começa a sentir que precisa de um cigarro. Os netos correm pela casa como loucas e normais crianças que são. Mais meia hora que passa e a paciência dela começa a diminuir. "Estão a fazer tanto barulho" pensou ela consigo própria - "e eu nem um cigarro posso fumar." Um pouco depois diz á sua filha que está a sentir uma ligeira dor de cabeça. Decidem então jantar um pouco mais cedo. A comida está óptima. Mas a avó parece cada vez pior. Já passaram 3 horas e ela ainda não fumou.

Depois do jantar, todos concordam que é melhor voltarem para casa mais cedo porque a avó definitivamente precisa de descanso. Ela dá a todos um beijo de despedida e acompanha-os á porta. Assim que se fecha a porta ela fuma 3 cigarros de seguida. Finalmente, começa a sentir-se um pouco melhor. Depois de fumar senta-se na sala, sozinha, a contemplar o facto de que foi realmente uma pena eles terem ido para casa mais cedo. Mas pelo menos, ela tem os cigarros para lhe fazer companhia. Foi um dia longo. Ela lava os dentes, fuma um cigarro, veste o pijama, fuma outro e adormece.

Amanhã vai ser outro dia cheio de rotina.

Esta situação ilustra bem o ponto que eu gosto de focar e porque é que acho importante que uma pessoa páre de fumar: apesar de todas as implicações a nível de saúde, o mais fatal na minha opinião são os bons momentos da vida que os cigarros nos roubam, por vezes sem darmos conta. Se analisar bem alguns momentos da sua vida, de certeza que vai conseguir encontrar partes que não foram aproveitadas na totalidade (ou quem sabe, não desfrutou de todo) por causa dos cigarros.

Tudo por causa de uma planta com um QI de zero.

A única maneira de disfrutar do mundo que nos rodeia a 100% é sem nicotina. Não passe o resto da vida a tentar encontrar racionalizações para justificar o contrário. Lembre-se que se não tomar a decisão de deixar de fumar, o seu corpo e o seu cérebro, sempre sedentos por nicotina e presos no ciclo químico desta droga, vão tomar a decisão por si. No dia que for voçê a escolher, vai parar. E de novo digo: não é nada do outro mundo, desde que aceite que: Fumar não é um hábito, é um VÍCIO!

"Depois de 10 anos ele diz que tem dias que lhe apetece fumar!!!"

A vontade de fumar após dias, semanas, meses ou até anos depois de se ter deixado de consumir nicotina é nada mais do que uma memória ou um simples pensamento, bastante diferente da vontade que se sentia nos primeiros dias quando deixou de fumar. A vontade dos primeiros dias é digamos, "fisiológica", ou seja, advém do nosso corpo pedir por nicotina e nós não administrarmos a respectiva dose.

A verdade é que passado algum tempo, estas "vontades" que na verdade são mais memórias que outra coisa qualquer são traduzidas mais ou menos em, "Um cigarrito até ia bem agora." Esta é a mesma vontade que se tem quando está para dar uma limpeza na casa num sábado á tarde. Aquela vontade que dá, mas se tiver qualquer coisa melhor para fazer, acaba por fazê-lo.

Outras "vontades" são as dos pensamentos estilo "Eu costumava fumar enquanto fazia isto." Não é na verdade vontade de fumar, mas sim a sensação que falta alguma coisa. Pode até existir aquela sensação que se devia estar a fazer algo e não está, mas não se sabe bem o quê. De repente, compreende que sempre que fazia determinada acção o cigarro estava lá a acompanhar. De novo, não é que a pessoa queira um cigarro, simplesmente a rotina é agora diferente e a pessoa naturalmente estranha.

Indíviduos que não fumam há bastante tempo, passam dias, meses, anos sem pensar em cigarros. Os dias que eles chamam de um "mau dia", são aqueles que não pensaram em cigarros durante 23 horas, 59 minutos e 55 segundos. Além disso, estes 5 segundos foram uma memória e nada mais que isso.

Mas existe sempre uma alternativa: fumar. Que por acaso, está constantemente acompanhada da vontade de deixar de fumar. Sempre que vai ao médico, a casa de amigos ou família que não fumam mas onde voçê quer fumar, quando é diagnosticado com alguma doença associada ao tabaco, lê uma notícia no jornal relacionada com um novo risco sobre os cigarros, paga mais uma taxa pelos mesmos, encontra um amigo que conseguiu deixar de fumar mas voçê não, ter que ir á rua no meio de mau tempo só para fumar, tudo pelo luxo de um cigarro.

Sim, muitas vezes fumar faz com que voçê perca controlo sobre a sua vida.

Como ex-fumador poderá haver alturas em que lhe apetece fumar um cigarro. Como fumador haverá alturas em que lhe vai apetecer deixar de fumar. Nenhum dos lados é perfeito, contudo, eu e voçê sabemos qual é o lado mais vantajoso.

É preferível ser um não-fumador com uma vontade esporádica de fumar ou um fumador com uma vontade constante de deixar?

quarta-feira, setembro 20, 2006

Eu Não Quero Morrer!

Muitos dizem isto de cigarro na mão depois de diagnosticados com alguma doença derivada do consumo de cigarros. Apesar de esta ser uma óptima razão para deixar de fumar, muitos continuam a fumar e alguns morrem inclusivé de cigarro na mão.

Contudo, o facto de querer deixar de fumar vai muito mais além do simples motivo de não querer morrer. Primeiro que tudo, voçê deve deixar de fumar porque quer viver. Não quer apenas viver, como quer também ser saudável para gozar a vida em pleno, em vez de apenas "existir"num mundo no qual voçê não consegue participar ou tirar proveito dele na sua plenitude. Voçê deve perceber que quer deixar de fumar para que nunca mais fique sob o controlo de um produto que nada mais faz do que prejudicá-lo. Voçê deve perceber que nunca mais quer cheirar a cinzeiro. Voçê deve perceber que não quer ser visto como um indíviduo fraco ou então ter pessoas constantemente a questionar a sua inteligência só porque voçê fuma. Voçê deve também perceber, que voçê próprio não se quer ver assim e perguntar constantemente o que é que se passa consigo por continuar a fumar. Quanto mais perceber realmente porque é que fuma, mais fácilmente será para si tomar a decisão de deixar de fumar.

E se amanhã me disessem que fumar não faz mal absolutamente nenhum (isto não vai acontecer mas supunhamos que sim). Será que eu voltava a fumar? A resposta é simples: NÃO. Porquê? Pelo simples facto de não querer ser controlado por uma droga. Em especial, uma que me mata dia-a-dia. Eu estou completamente apaixonado pelo facto da minha vida não girar á volta de uma erva suja, que cheira e sabe mal. Ser constatemente enganado pelo meu próprio cérebro por causa de uma droga foi bastante degradante.

Não é preciso força de vontade suprema capaz de mover montanhas para deixar de fumar. Eu sou um homem igual a muitos outros. Milhões de pessoas todos os anos páram de fumar para sempre. Basta parar para pensar com LÓGICA. Assim que fizer o click no seu cérebro vai perceber que fuma porque é viciado em nicotina. Os sintomas de privação são incomfortáveis (se não fossem, voçê já tinha parado de fumar) mas perfeitamente ultrapassáveis. Os benefícios de não fumar ultrapassam bastante os de fumar. Se é a 1ª vez que tenta, aguente 15 dias. Depois disso, conscientemente escolha se quer permanecer assim ou voltar a fumar. Se já ultrapassou este período de tempo, mas voltou a fumar, lembre-se da regra de ouro de qualquer vício e que para a nicotina também se aplica: se fumar, injectar, mastigar ou inalar a quantidade mínima que seja de nicotina vai voltar ao seu consumo anterior numa questão de horas, dias ou semanas - demore o que demorar vai voltar ao consumo anterior, acredite. Não pense que vai controlar melhor o consumo de tabaco; foi o descontrolo que tinha que o fez parar certo?

A ideia de nunca mais fumar o resto da vida é assustadora para muitos fumadores. Para contornar este medo, quando deixar de fumar encare um dia de cada vez. Amanhã é amanhã. Mas hoje não vai fumar. Simples. No fim desse dia, congratule-se por não ter fumado. E continue assim. Rápidamente chegará o dia em que já não se lembra de ter que dizer: "Hoje não vou fumar." E acredite, não demora assim tanto tempo como isso.

sábado, setembro 09, 2006

Reduza Gradualmente o Seu Consumo

Este é sem dúvida um dos métodos mais utilizados mundialmente tendo como objectivo final deixar de fumar por completo. Quantas pessoas conhece que deixaram de fumar desta maneira? Exactamente. Se conhecer um fumador que detesta e despreza acima de tudo tente encorajá-lo a deixar de fumar deste modo. Diga-lhe para cada dia que passa, para fumar menos um cigarro. Se fumar 40 cigarros por dia, no dia em que começa a utilizar este método diga-lhe para fumar 39. No dia a seguir 38, depois 37 e por ai adiante. Depois disto, lembre-se todos os dias de o encorajar e incentivá-lo dizendo-lhe que está a ir muito bem. Volto a repetir, faça isto APENAS a um fumador que voçê despreze e odeie por completo.

O facto é que a maioria dos fumadores acredita e concorda plenamente com este método. Parece tão fácil retirar um cigarro do consumo diário. Para uma pessoa que fuma dois maços por dia, passar para 39 cigarros não parece nada do outro mundo. O truque é convencer a pessoa que voçê está mesmo a tentar ajudá-lo. Durante a primeira ou segunda semanas o único problema é que voçê vai ter que fingir que gosta mesmo da pessoa dando-lhe umas palavras de motivação diáriamente. Quando eles baixarem de 40 para 30 cigarros vão começar a resmungar um pouco. Mas o verdadeiro circo chega á terceira semana. Este fumador está agora a fumar metade do que devia, estando portanto, em permanente estado de privação de nicotina. Quando chegar a um mês, os sintomas de privação são simplesmente insuportáveis. Mas seja persistente. Diga-lhe que o esforço que está a fazer não é em vão e que voçê está bastante orgulhoso. Quando chega o dia 35 esta pessoa está completamente de rastos. Ela está tão perto de deixar de sentir vontade de fumar como no dia em que começou a aplicar este método. Bom, se voçê tem um ódio mortal por esta pessoa, no dia em que o fumador chegue a zero cigarros por dia, diga-lhe que se sentir-se muito mal que pode fumar assim por exemplo, meio cigarro só para aliviar. Deste modo a pessoa ficará para sempre em estado de privação. Volto a lembrar: voçê detesta mesmo esta pessoa certo? Este método é provavelmente a piada mais macabra que pode fazer a alguém. Voçê vai tirar-lhe a esperança de um dia deixar de fumar de vez por se ter sentido tão mal com este método e além disso este fumador vai voltar a fumar os dois maços por dia até que estes provavelmente acabem com ele de alguma maneira. De novo: voçê só pode odiar esta pessoa (no mínimo).

Espero eu, que voçê não odeie ninguém a este ponto. Espero também que ninguém se odeie a si próprio para utilizar este método. Deixar de fumar sem truques, de um dia para o outro, pode ser díficil, mas com este método de redução gradual é impossível. Se voçê puder escolher entre díficil e impossível, vá pelo díficil. Se deixar de fumar de um dia para o outro sem tocar num cigarro ou em qualquer outro tipo de meio que introduza nicotina no seu corpo (pastilhas e adesivos incluídos), em 72 horas os sintomas de privação de nicotina vão acalmar um pouco. Ir reduzindo vai apenas perpetuar os mesmos sintomas durante dias, semanas, ou resumidamente o tempo que voçê quiser perder com este método impossível. FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

quarta-feira, setembro 06, 2006

Hotéis 100% Sem Tabaco

Mais uma prova que a avalanche para acabar com o consumo de nicotina já chegou a Portugal vem agora do sector hoteleiro; a Ibis aposta agora em algumas unidades em solo nacional onde é totalmente proibido fumar. Responsáveis da Ibis dizem que este tipo de hóteis resultam de vários pedidos de clientes não fumadores. Mais em: http://www.ambitur.pt/site/news.asp?news=5630

segunda-feira, setembro 04, 2006

Deixar de Fumar, um Destino Pior Que a Morte?

As pessoas se visitassem alguns hospitais do país ficavam estupefactas como é que os fumadores resistem tanto a deixarem de fumar. Os fumadores ouvem histórias de horror e mesmo assim não acreditam em nenhuma palavra que estão a ouvir. Alguns fumadores tiveram vários ataques cardíacos, doenças relacionadas com má circulação que resultam em amputações, cancro, enfizema e outras simpáticas doenças. Como é que estas pessoas continuam a fumar depois de tudo isto? Alguns destes fumadores têm plena consciência daquilo que os cigarros lhes estão a fazer, mas mesmo assim continuam a fumar. A grande questão que se impõe é.. PORQUÊ? A resposta a esta complexa questão é na verdade bastante simples. O fumador tem os cigarros tão enraizados no seu estilo de vida que ele acha que ao deixar de fumar ele vai desistir de todas as actividades associadas aos cigarros. Se agora considerar que desde o momento em que acorda até ao momento em que se deita tudo envolve fumar e cigarros, a vida parece que não faz nenhum sentido sem fumar. O fumador tem também medo dos sintomas de privação que vai sentir quando parar de fumar. Considerando tudo isto, deixar de fumar é de facto mais assustador do que morrer.

Se o fumador estivesse correcto acerca de todas as conclusões que tirou anteriormente, se calhar, deixar de fumar acaba mesmo por não valer a pena. Contudo, todas estas conclusões estão claramente ERRADAS. Existe vida depois dos cigarros e os sintomas de privação não duram para sempre. Tentar convencer um fumador disto é contudo, equivalente a escalar o Evereste. Estas falsas crenças estão enraizadas no fumador devido ás falsas sensações de positivismo criadas pela nicotina.

O fumador sente que necessita de fumar assim que acorda de manhã. Por norma, quando acorda, sente uma ligeira enxaqueca, cansaço, irritabilidade e desorientação. Além disso, acha que toda a gente acorda assim de manhã. Ele considera-se uma pessoa extremamente feliz dado que tem um meio de acabar com toda esta má-disposição. Fuma um ou dois cigarros. Depois de acordado, sente agora que precisa de mais cigarros para se sentir mais enérgico. Durante o dia, quando estiver stressado ou nervoso os cigarros vão acalmá-lo. Desistir desta maravilhosa droga parece-lhe simplesmente ridículo.

Mas se ele desistir dos cigarros ficará surpreso ao descobrir que se vai sentir muito melhor e consequentemente encarar os problemas do dia-a-dia com muito mais confiança. Quando acordar de manhã vai-se sentir infinitamente melhor. Nunca mais se vai levantar da cama com aquela panóplia de estranhas sensações. Agora acorda a sentir-se relaxado e descansado. Até mesmo sob stress, não vai mais sentir-se em pânico quando os seus níveis de nicotina descerem abaixo do normal. De um modo geral, vai-se sentir muito mais calmo. A crença de que os cigarros eram uma fonte de energia é das mais falsas que existem. Qualquer ex-fumador lhe dirá que se sente agora mais forte e com mais energia do que nunca. Também o medo dos sintomas de privação desaparece dado que 3 dias depois de deixar de fumar estes sintomas têm o seu pico, e em 15 dias desaparecem completamente.

Se um fumador desse a si próprio a oportunidade de apreciar as sensações do que é não fumar, nunca mais este fumador iria perpetuar medos irracionais na sua mente que o fazem dia após dia entregar-se a este vício mortal. O único medo que vai ter a partir agora é de ter uma recaída que não irá acontecer desde que se lembre que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

domingo, setembro 03, 2006

Voçê Anda A Fumar Mais Ou A Gostar Cada Vez Menos?

Este criativo slogan foi uma vez usado por uma marca de cigarros para convencer as pessoas a começarem a fumar a marca deles. O slogan teve um grande impacto e resultou na perfeição. Qualquer fumador que andasse nesta vida de nicotino-dependente imediatamente se iria reconhecer nestas palavras. Alguns, com certeza, experimentaram esta nova marca com a esperança que poderiam sentir o prazer e a alegria dos primeiros cigarros. Mas para descontentamento geral, até esta nova marca, nada de novo trouxe.

Porque é que será que os cigarros acabam por perder aquela "magia" passado alguns anos? Será que os cigarros mudaram assim tanto com o passar do tempo? A resposta é que não, nada mudou nos cigarros. O que mudou na verdade foram os fumadores. Quanto mais tempo a pessoa fumar, mais ela ficará viciada em nicotina. Quando começou o fumador obtinha muito mais prazer da acção farmacológica originada pela nicotina. Fazia o fumador sentir-se alerta, enérgico, e poderia até sentir um efeito de calma e relaxamento. Ajudava-o a estudar e a memorizar o que fosse necessário. Por vezes, sentia-se até mais maduro, confiante e socialmente mais á vontade. Basicamente, fez tudo o que o fumador queria, de acordo com o meio social em que estava inserido. Nesta altura, ele fumava entre 5 a 10 cigarros por dia, apenas quando pretendia alcançar os efeitos supracitados. Contudo, gradualmente, algo acontece ao fumador. Ele fica mais dependente dos cigarros. Ele já não fuma para resolver um problema, para celebrar ou para se sintar de um modo geral satisfeito. Ele fuma porque PRECISA de fumar. Na verdade, ele fuma porque é um fumador e mais concretamente um viciado em nicotina. Nunca mais ele sentirá aquelas pequenas sensações de adrenalina que tanto gostava quando começou a fumar - ele fuma porque quando não fuma sente sintomas de privação que não suporta. Não fumar significa que vai sentir-se nervoso, irritável, depressivo, zangado, com náuseas ou dores de cabeça para mencionar apenas alguns aspectos desta fascinante ressaca. Ele desespera por um cigarro para terminar com este pesadelo de sensações, sempre na esperança de sentir a tal "magia" que sentiu no ínicio da sua carreira como fumador. Mas, depois de fumado o cigarro, não há sensação especial nenhuma.. o fumador sente-se agora NORMAL. E dentro de 20 minutos o processo inicia-se mais uma vez.

Assim que ele deixa de fumar a vida sorri-lhe de novo. Nunca mais ele entrará em sintomas de privação 20 a 80 vezes por dia. Ele pode ir a qualquer lugar sem ter que se preocupar se pode ou não fumar e se vai ter tempo para tal. Quando ele tem uma dor de cabeça ou se sente indisposto sabe que isto provém de reações naturais do seu corpo, e não do consumo excessivo ou deficiente de nicotina. Ao comparar esta nova vida sem cigarros, ele sente-se óptimo. Contudo, algo estranho começa subtilmente a desenrolar-se. Ele lembra-se do melhor cigarro que fumou na sua vida. Pode até ser um que fumou há 10, 20 ou 30 anos atrás. Se ele pensar nesse cigarro o tempo suficiente, acaba por querer repetir a façanha. Infelizmente vai ser a façanha a apanhá-lo a ele. Está de novo agarrado a uma droga mortal que o leva agora a fumar mais e a gostar cada vez menos. Desta vez poderá não ter força suficiente para parar de novo. Este cigarro vai-lhe custar a liberdade, a saúde e no pior dos cenários a vida.

Não cometa este erro se deixar de fumar. Lembre-se dos cigarros como no dia em que parou de os fumar, porque é assim que eles vão ser no dia em que voltar a fumar, independentemente de quão longe estes dois dias se encontram um do outro. Lembre-se sempre de como eles eram e também que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

Finalmente! Um Método Seguro Para Fumar

Os fumadores procuram constantemente maneiras de reduzir os riscos que os cigarros trazem á saúde. Infelizmente, a maioria das técnicas para reduzir estes riscos não resultam e por vezes podem mesmo fazer a pessoa aumentar o seu consumo.

O método mais utilizado para redução de risco é provavelmente a escolha dos cigarros "light". Se as pessoas fumassem apenas para perpetuar um simples hábito estes cigarros "light" iriam provavelmente reduzir os riscos. Contudo, a necessidade de fumar não é a continuação de um hábito mas antes a manutenção de um vício. Ao mudar para este tipo de cigarros o fumador tem mais dificuldade em alcançar o nível mínimo de nicotina no sangue que o sub-consciente e o corpo exigem. O fumador acaba por desenvolver formas de compensar esta falta. Estas compensações incluem fumar mais cigarros do que fumava anteriormente, fumá-los até ao caramelo, inspirar o fumo com mais força ou travar o fumo nos seus pulmões por períodos maiores. Ao praticar pelo menos uma destas compensações o fumador consegue atingir os níveis de nicotina que atingia quando fumava a sua antiga marca mas no processo pode aumentar o número de venenos introduzidos no seu organismos pela nova marca. Um dos venenos encontrados em maior escala neste tipo de cigarros é o monóxido de carbono, o principal responsável por doenças circulatórias e coronárias em fumadores. Além disso, para os cigarros "light" terem um sabor mais agradável, muitos aditivos e indutores de sabor são introduzidos nos cigarros. A indústria tabaqueira não é obrigada a divulgar os químicos utilizados, contudo é de senso comum que a maioria destes químicos são cancerigenos.

Também o filtro dos cigarros pode fazer diferença na quantidade de veneno que vai para os pulmões. Alguns filtros são mais eficazes que outros, mas tal como antes o fumador vai desenvolver maneiras de enviar para os pulmões a mesma quantidade de fumo de modo a obter a mesma quantidade de nicotina. Os filtros podiam ser desenvolvidos de modo a que conseguissem retirar toda a nicotina do processo de inalação, mas é a nicotina que o faz fumar cigarro atrás de cigarro e faz desta indústria um negócio extremamente lucrativo.

Outro método para redução de risco são os suplementos vitamínicos. A eficiência com que o nosso corpo admite vitamina C é prejudicado pelo consumo de cigarros. Quando os fumadores se apercebem disto começam a tomar vitamina C. O problema é que a vitamina C, tal como o consumo de alcóol ou um episódio de stress tem como consequência fisiológica a acidificação da urina, resultando numa perda drástica de nicotina no organismo obrigando o fumador a repôr os níveis de nicotina no seu corpo de um modo mais frequente do que se não tomasse qualquer suplemento. Ao fumar mais cigarros, toma mais vitamina C do que realmente precisa e fica de novo mais exposto aos químicos que viajam pelo seu organismo.

A conclusão lógica é que a única maneira segura para reduzir os riscos inerentes ao consumo de tabaco é parar de fumar. Só assim, as suas hipóteses de contrair doenças coronárias, cancro ou enfizema serão reduzidas ao nível das pessoas que não fumam. Para manter estes riscos em níveis mínimos só tem que se lembrar que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

O Poder da Publicidade

Um pai sentou-se no sofá a reflectir sobre a alegria que os seus dois filhos lhe trouxeram durante o presente ano. Decidiu então que ambos podiam escolher um presente que gostassem. Quando perguntou ao mais velho o que queria este respondeu: "Ah.. gostava de ter tantas coisas.. uma bicicleta, uns patins ou um carro telecomandado; gostava de ter todos, mas se tiver só um fico bastante contente."O pai ficou satisfeito tendo assim por onde escolher. De seguida perguntou o mesmo ao filho mais novo de 8 anos; esta criança invejava o irmão por este ter tantos brinquedos e conseguir praticar tantos desportos com uma óptima destreza. Quando o pai fez a pergunta a criança respondeu: "Quero uma caixa de tampões da Tampax!" O pai perplexo perguntou: "Pra que raio queres tu uma caixa de tampões?" A pobre criança sem saber bem o que tinha dito limitou-se a dizer: "Com Tampax, voçê pode fazer ski, andar de bicicleta, fazer patinagem, andar de cavalo e fazer todo o desporto que lhe apetecer."

Esta história ilustra bem um ponto sério. As mensagens publicitárias influenciam os nossos desejos por produtos materiais. Mais, quanto mais ingénuos formos, mais a publicidade resultará. A publicidade frequentemente exagera ou diminui as caracteristicas de determinado produto; e nenhum produto abusa mais do que os cigarros.

Tal como a criança da história do Tampax esperava maravilhas deste produto que não conhecia, os fumadores acreditam plenamente que tiram grandes vantagens a nível emocional através do consumo de cigarros. Dizer a um fumador a verdade sobre os seus cigarros resulta invariavelmente em negação e desconfiança. Ele no fundo, não consegue acreditar que estes seus amigos e aliados, possam de alguma maneira o prejudicar. Os cigarros ajudam-no a ultrapassar episódios traumáticos e a gozar a vida a 100%. Pense em todas as coisas que o fumador faz com os seus cigarros. Acorda com eles, trabalha com eles, brinca e joga com eles, come e bebe com eles, leva-os á casa de banho, lê o jornal com eles, vê TV com eles, socializa com os amigos (e mais uma vez com eles) e até durante o sexo pensa em cigarros. Se uma pessoa passa-se tanto tempo com um fumador como os cigarros passam, este fumador já estaria pelos cabelos com essa pessoa. Mas os seus cigarros não - eles tornam qualquer actividade em algo dinâmico e inovador. Até a publicidade assim o diz.

A publicidade crê assim, mas não é esta a verdade. O fumador não fuma durante todas estas actividades porque quer mas antes porque é obrigado a tal. O fumador é nada mais que um viciado em droga. Eles não conseguem tirar prazer de actividades perfeitamente normais, independentemente de quão boas são, até que os níveis mínimos de nicotina no sangue sejam alcançados. Os fumadores são controlados por este produto. Os cigarros não são seus amigos. Assim que se vir livre deles, mantenha-se assim - livre. Sim, eles vão chamá-lo, mas no fundo voçê sabe a verdade sobre eles.

Não deixe que um fumador ou qualquer indústria tabaqueira o convença do contrário.

A sua vida vai ser melhor sem cigarros.

Considere tudo isto e lembre-se: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

sábado, setembro 02, 2006

Situações

Como é que reagia nestas situações?

- O seu filho de 2 anos está a fazer uma birra porque quer um brinquedo. Voçê:

a) Deixa-o sozinho até ele acalmar

b) Faz-lhe a vontade e compra o brinquedo

c) Dá-lhe um calmante

- O seu filho de 7 anos está ansioso por um treino de captação para um clube de futebol que se vai realizar na próxima semana. Voçê:

a) Dá-lhe uma palavra de incentivo e diz-lhe que vai conseguir entrar para o clube

b) Ajuda-o a praticar algumas técnicas e diz-lhe para tentar o seu melhor

c) Dá-lhe um Valium de 3 em 3 horas até ao dia do jogo

- A sua filha de 14 anos tem o coração destroçado porque não tem par para a festa da escola. Voçê:

a) Pede a um casal amigo para o filho deles ir com a sua filha á festa

b) Diz-lhe para ir de qualquer maneira divertir-se, mesmo sem par

c) Dá-lhe cocaina para ela se esquecer dos problemas

- O seu filho de 15 anos sente-se mal por pesar 11 kilos a mais. Voçê:

a) Começa-lhe a cozinhar refeições com baixas calorias

b) Introduz o seu filho num plano de dieta

c) Dá-lhe comprimidos para emagrecer


Todas estas crianças e adolescentes estão a sofrer aquilo que os adultos chamam de "dores da idade ". Um pouco de tempo, paciência e atitude positiva vão acabar por ajudá-los a ultrapassar todas estas situações. O facto é que, desde que uma pessoa continue a desenvolver os seus níveis físicos, emocionais, intelectuais, profissionais ou espirituais, mais cedo ou mais tarde vai encontrar situações de "dor da idade". Os adultos estão sujeitos á dor, á tristeza, á depressão ou ansiedade tal como qualquer criança. Estes sentimentos são necessários para que cada um possa continuar a desenvolver o corpo e a mente. Sem este desenvolvimento nunca seríamos felizes, satisfeitos ou contentes no seu máximo esplendor.

A terceira escolha em cada uma das situações acima descritas era obviamente rídicula em todos os casos. Nós nunca iamos expôr os nossos filhos a químicos poderosos para resolver questões triviais. No entanto, os adultos são capazes de praticar comportamentos perigosos para seu próprio alívio. Como exemplo, vamos analisar o vício de fumar cigarros. Quando voçê era um fumador, quantas vezes disse a si próprio que se sentia só e infeliz sem os seus queridos cigarros? Quantas vezes disse que tinha que fumar devido a todo o stress inerente á sua vida? Quantas vezes disse que muitas actividades a nível social simplesmente não tinham piada sem um cigarro? Quantas vezes disse a si próprio que iria engordar bastante se deixasse de fumar? Tudo o que voçê estava na verdade a dizer era que precisava de nicotina, uma droga, para conseguir vencer os problemas do seu dia-a-dia. Assim que voçê parou de fumar compreendeu que a verdadeira fonte de stress, era na verdade a nicotina! Voçê foi apanhado por um vício socialmente inaceitável e fisicamente mortal tendo consciência de que era assim que vivia a sua vida. Se calhar hoje voçê até fumava um cigarrinho. Podia ser numa situação de stress, numa festa depois de algumas bebidas ou até em casa por não ter nada para fazer. O facto mais uma vez é que, não há nada pior do que voltar a fumar um cigarro que seja. Um cigarro não o vai ajudar a ultrapassar o problema. Vai sim, criar um novo problema, uma situação desastrosa de um vício novamente vivo e revigorado, carregando consigo todos os perigos para a sua sáude e dos que o rodeiam. Então, da próxima vez que lhe apetecer fumar um cigarro, relaxe e reflicta sobre a acção que está prestes a cometer. Será que precisa mesmo dessa droga? Quer ser viciado de novo? Se a resposta é não lembre-se que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, MAS SIM UM VÍCIO!

Porque É Que Eu Fumo ?

Milhões de fumadores passam horas intermináveis nas suas brilhantes carreiras de fumo tentando com sucesso responder a esta perplexa questão. Tipicamente, os motivos andam sempre á volta do mesmo: sentem-se tristes, insatisfeitos, nervosos, aborrecidos, ansiosos, sozinhos ou apenas frustrados quando privados dos seus cigarros. Outras razões citadas com frequência é que os cigarros mantêm a linha, fazem as pessoas pensar com mais eficácia ou que as pessoas são mais sociáveis quando fumam. Muitos afirmam que fumam para celebrar os bons acontecimentos da vida. Comida, bebida, diversão, jogos e até mesmo o sexo parecem perder todo o interesse sem um cigarro. Depois de ouvir todas estas maravilhosas qualidades atribuídas aos cigarros, eu fico extremamente surpreso ao constatar que biliões de pessoas no planeta Terra deixaram de fumar.
Mas que raio se passa com estes ex-fumadores??? Eu consigo compreender os que nunca fumaram. Afinal de contas eles nunca se deram conta dos inegáveis beneficios provenientes do consumo de nicotina. "Voçê nunca vai sentir falta daquilo que nunca provou". Contudo, todos estes ex-fumadores que desistiram deste vício fascinante que tantos benefícios traz, só podem ser completamente desiquilibrados.

Bom, a verdade é que os ex-fumadores não são de todo desiquilibrados. Pelo contrário, foi a capacidade que tiveram para serem racionais que lhes permitiu ficarem livres da dependência por nicotina. Eles tiveram a percepção de antecipar a dor e agonia provenientes dos primeiros dias sem fumar. É sem dúvida um vício extremamente poderoso que cria dezenas senão mesmo centenas de crenças irracionais na nossa mente de modo a que o nosso cérebro possa aceitar o facto de que fumar é uma atitude racional. Muitos dos motivos acima mencionados por fumadores foram induzidos pelo consumo diário de nicotina.
Todos os ex-fumadores deviam ser aplaudidos por esta grande vitória que alcançaram ao derrotar os muitos obstáculos criados por este vício. O processo inicial para deixar de fumar deixa-nos num estado de insegurança emocional e constante dúvida. Será que um fumador é capaz de sobreviver no nosso complexo mundo sem cigarros? Assim que deixarem de fumar de uma vez por todas, serão agora capazes de ter uma perspectiva clara e racional sobre todas as mentiras criadas ao longo dos anos com um único propósito: fumar. Ser livre de uma dependência após anos de escravidão traz-nos uma sensação de alívio e recompensa que o fumador nunca imaginou que pudesse acontecer. Para seu espanto, eles descobrem agora que existe vida sem nicotina.É uma vida saudável, calma e muito mais prazerosa. Estas pessoas têm agora uma escolha: fumar de novo ou permacencerem livres. Se olharem objectivamente e com serenidade para todas as vantagens e desvantagens a dedução lógica será permacecer um ex-fumador. Infelizmente, muitos não se recordam de todas as consequências associadas ao consumo de nicotina, lembrando-se apenas dos bons momentos que tiveram com os cigarros. Pensam agora que podem disfrutar apenas de um ou dois cigarros ocasionalmente. O que deve ser compreendido de uma vez por todas é que um viciado em nicotina só tem duas hipóteses: não fumar ou voltar a fumar aquilo que fumava. Não existe um meio-termo. É uma perda de tempo fantasiar sobre o facto de ser um fumador ocasional. Nunca mais na vida isso acontecerá.
Todos os ex-fumadores devem considerar ambas as opções. Se a escolha for fumar, basta para tal fumar um singelo cigarro e ficar de novo amarrado a este vício. Se escolher ficar livre tem apenas de se lembrar que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

Voçê Fuma Porque é Um Viciado em Nicotina.. A Sério!

Alguns fumadores dizem que fumam porque são naturalmente nervosos; outros dizem que fumam para celebrar determinadas ocasiões. Outros pensam que fumam para se sentirem mais enérgicos. Alguns pensam que assim ficam com um look mais sexy. Outros acham que raciocinam melhor se fumarem. Alguns fumadores dizem que voltaram a fumar porque começaram a sentir dores no peito. Contudo, nenhuma destas razões explica porque é que as pessoas continuam a fumar. A resposta como sempre, é na realidade, simples. Os fumadores fumam cigarros porque são viciados neles. Para ser mais preciso, fumam porque não conseguem passar sem nicotina.

Um viciado em nicotina, como qualquer outro viciado, ficou completamente "agarrado" a uma determinada substância - no caso dos fumadores, a nicotina. O fumador está num ponto em que se não manter devidamente o nível mínimo de nicotina na sua corrente sanguinea começa a sofrer sintomas de privação derivadas da sua abstinência.

Tudo o que leva o fumador a perder nicotina do seu corpo vai fazê-lo fumar mais.

Muitos fumadores sentem que quando estão nervosos ou aborrecidos que os cigarros os ajudam a acalmar. O efeito de calma sentido aquando da ingestão de nicotina não tem a ver com a resolução do problema que originou o stress mas antes com o reabastecimento de nicotina na corrente sanguinea, acabando consequentemente com os sintomas de privação. É agora simples de perceber porque é que os fumadores que não têm conhecimento sobre este falso alívio causado pelos cigarros têm tanto medo de parar de fumar. Eles sentem que, ao parar de fumar, estão a desistir de uma técnica que, na sua opinião, combate eficazmente o stress. No entanto, quando páram de fumar por um curto período de tempo reparam que reagem com mais calma ás mesmas situações.

A explicação de como as mudanças fisiológicas ocorrem no corpo de um fumador são difíceis de aceitar por parte do último. Contudo, um fumador consegue relacionar outras situações em que, regra geral, fuma mais cigarros que o habitual, devido a uma "saída" mais rápida de nicotina do seu corpo. Tal como nas situações de stress, o fumador quando consome bebidas alcólicas tende a perder nicotina da sua corrente sanguinea de uma forma mais rápida que o habitual, sendo o resultado directo um consumo maior de cigarros. Tanto na situação de stress, como na de consumo de alcóol, o único motivo que o levou a fumar mais cigarros foi a necessidade de alimentar o seu corpo e a sua mente com mais nicotina. Vício, puro e simples. Se perguntar a um destes fumadores porque é que está a fumar mais que o habitual, ele vai responder que é porque toda a gente á volta dele está a fumar. Mas se um destes fumadores pensar que houve alturas em que era o único que estava a fumar, rápidamente se apercebe que era o alcóol que na verdade o estava a fazer fumar cada vez mais.O consumo de álcool resulta no mesmo efeito fisiológico que o do stress: acidificação da urina. Os níveis de nicotina descem de uma forma dramática e o fumador é obrigado a fumar cigarro atrás de cigarro de modo a não sentir sintomas de privação.

É importante para os fumadores que querem parar de fumar entender com clareza todos estes conceitos dado que, assim que compreenderem os motivos pelo qual fumam, vai fazê-los perceber que a vida é muito mais simples sem nicotina. Assim que o fumador pára de fumar, a nicotina começa a deixar o seu corpo e em duas semanas, nenhum restício poderá ser encontrado. Assim que toda a nicotina estiver fora do seu corpo os sintomas de privação também desaparecem. Nunca mais vai sentir sintomas de privação quando se vir confrontado em situações de stress, consumo de alcóol ou pelo simples facto de estar algumas horas sem fumar. Em pouco tempo, perceberá que todas as vantagens que haviam em fumar, afinal eram falsas. As pessoas não precisam de cigarros para lidar com stress, beber um copo, socializar ou trabalhar. Tudo o que fizeram enquanto fumadores podem agora fazer enquanto não-fumadores e além disso desempenhar qualquer tarefa com menos dificuldade, em menos tempo, com mais clareza e sentir-se de uma maneira geral bastante melhor. Tornam-se pessoas mais independentes e seguras. É uma sensação maravilhosa e uma felicidade tremenda que se sente quando se vê livre deste vício.

Contudo, por mais tempo que o ex-fumador esteja sem fumar e por muito confiante que esteja, deverá sempre lembrar-se que é um viciado em nicotina. Ser um viciado em nicotina quer dizer que desde que não toque num cigarro, charuto, cachimbo ou que se injecte numa veia com nicotina nunca mais se vai sentir dependente desta planta. Se por outro lado, cometer o erro de achar que desta vez vai controlar melhor o seu vício, esqueça. Um cigarro é o suficiente para de novo começar o ciclo químico da nicotina na sua corrente sanguinea, consequentemente no seu cérebro, sendo inevitável que regresse ao consumo desenfreado que o fez parar anteriormente.
Tendo tudo isto em conta, assim que deixar de fumar é fulcral que se recorde para o resto da sua vida que é um viciado em nicotina. Nunca ache que só porque conseguiu parar agora vai conseguir controlar o que quer que seja; lembre-se que foi a falta de controlo que o fez querer deixar de fumar. E voltar ao dilema "Fumar ou deixar" não foi de todo divertido pois não? FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Eu Fumo Porque Sou Auto-Destrutivo!

Muitos fumadores acreditam que continuam a fumar porque têm uma atitude auto-destrutiva. Eles querem ficar doentes. Outros dizem que não querem chegar a velhos. Alguns, arrogantemente, dizem que pretendem fumar até morrer.

Enquanto que algumas pessoas têm de facto problemas com personalidades auto-destrutivas, acredito que a grande maioria dos fumadores não se incluem nesta categoria. Se falar com fumadores que durante a sua vida tinham este tipo de discurso e acabaram por contrair uma doença associada ao consumo de nicotina, constata fácilmente que agora se sentem chocados enquanto doentes. Muitas destas pessoas foram diagnosticadas com cancro do pulmão, enfizema ou sofreram ataques cardíacos e/ou enfartes. Por incrível que pareça, nenhuma destas pessoas que ao longo da vida afirmaram "Vou ter que morrer de qualquer maneira!" "Não preciso de chegar a velho" ou "Quando morrer vou deitado" agora doentes não afirmam: "AH!AH! Finalmente resultou!!! Estou a morrer por causa dos cigarros que fumei!!" NUNCA na sua vida irá encontrar alguém com este tipo de discurso que esteja em pleno uso de todas as suas faculdades mentais.
Pelo contrário, estas pessoas estão agora chateadas, assustadas e arrependidas. Não apenas têm um quadro clínico mais perto da morte do que da vida, bem como têm que viver com a angústia de terem sido os responsáveis pela situação.
Outra situação trágica é vivida por pessoas próximas de fumadores que morreram por motivo de doença associada ao tabaco. Muitos ex-fumadores voltam a fumar por incentivo da própria família ou dos amigos. Normalmente acontece a pessoas que deixaram de fumar não por serem doentes ou estarem a sofrer mas porque desejam sentir-se melhor. Inicialmente estas pessoas sentem-se enervadas e implicativas nos primeiros dias, quando privados de nicotina. Em breve a esposa e os filhos dizem: "Se é assim que vais ser sem cigarros é preferivel começares a fumar!" Se bem que á partida pareça ser uma boa proposta para resolver a impaciência temporária do agora ex-fumador, imagine como se vai sentir esta família quando tiver a notícia que este agora fumador morreu de ataque cardíaco fulminante ou que contraiu cancro de pulmão. A culpa é sem dúvida, enorme.

Alguns argumentos e ideias expostas por fumadores podem parecer irracionais, parecendo que têm mesmo vontade de morrer. Na verdade, não existe nada de errado com esta pessoa - é um efeito simples da droga. O medo dos sintomas de privação (ressaca) ou o medo de enfrentrar o dia-a-dia sem cigarros resulta num mecanismo de defesa para justificar o consumo de nicotina. Assim que pára de fumar estas desculpas desaparecem, deixando qualquer indíviduo em termos psicológicos e de saúde mais fortes desde que sigam uma regra simples : NUNCA MAIS introduza nicotina no seu corpo independentemente da sua forma(cigarros, charutos, adesivos, pastilhas etc..). Eu sei que o conceito parece ser demasiado óbvio, mas acredite, se parar de dar desculpas a si próprio, admitir que fuma porque é viciado numa droga e nunca mais consumir esta planta, o caminho apesar de díficil, não é de todo complicado. Eu prometo.
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