domingo, setembro 03, 2006

Voçê Anda A Fumar Mais Ou A Gostar Cada Vez Menos?

Este criativo slogan foi uma vez usado por uma marca de cigarros para convencer as pessoas a começarem a fumar a marca deles. O slogan teve um grande impacto e resultou na perfeição. Qualquer fumador que andasse nesta vida de nicotino-dependente imediatamente se iria reconhecer nestas palavras. Alguns, com certeza, experimentaram esta nova marca com a esperança que poderiam sentir o prazer e a alegria dos primeiros cigarros. Mas para descontentamento geral, até esta nova marca, nada de novo trouxe.

Porque é que será que os cigarros acabam por perder aquela "magia" passado alguns anos? Será que os cigarros mudaram assim tanto com o passar do tempo? A resposta é que não, nada mudou nos cigarros. O que mudou na verdade foram os fumadores. Quanto mais tempo a pessoa fumar, mais ela ficará viciada em nicotina. Quando começou o fumador obtinha muito mais prazer da acção farmacológica originada pela nicotina. Fazia o fumador sentir-se alerta, enérgico, e poderia até sentir um efeito de calma e relaxamento. Ajudava-o a estudar e a memorizar o que fosse necessário. Por vezes, sentia-se até mais maduro, confiante e socialmente mais á vontade. Basicamente, fez tudo o que o fumador queria, de acordo com o meio social em que estava inserido. Nesta altura, ele fumava entre 5 a 10 cigarros por dia, apenas quando pretendia alcançar os efeitos supracitados. Contudo, gradualmente, algo acontece ao fumador. Ele fica mais dependente dos cigarros. Ele já não fuma para resolver um problema, para celebrar ou para se sintar de um modo geral satisfeito. Ele fuma porque PRECISA de fumar. Na verdade, ele fuma porque é um fumador e mais concretamente um viciado em nicotina. Nunca mais ele sentirá aquelas pequenas sensações de adrenalina que tanto gostava quando começou a fumar - ele fuma porque quando não fuma sente sintomas de privação que não suporta. Não fumar significa que vai sentir-se nervoso, irritável, depressivo, zangado, com náuseas ou dores de cabeça para mencionar apenas alguns aspectos desta fascinante ressaca. Ele desespera por um cigarro para terminar com este pesadelo de sensações, sempre na esperança de sentir a tal "magia" que sentiu no ínicio da sua carreira como fumador. Mas, depois de fumado o cigarro, não há sensação especial nenhuma.. o fumador sente-se agora NORMAL. E dentro de 20 minutos o processo inicia-se mais uma vez.

Assim que ele deixa de fumar a vida sorri-lhe de novo. Nunca mais ele entrará em sintomas de privação 20 a 80 vezes por dia. Ele pode ir a qualquer lugar sem ter que se preocupar se pode ou não fumar e se vai ter tempo para tal. Quando ele tem uma dor de cabeça ou se sente indisposto sabe que isto provém de reações naturais do seu corpo, e não do consumo excessivo ou deficiente de nicotina. Ao comparar esta nova vida sem cigarros, ele sente-se óptimo. Contudo, algo estranho começa subtilmente a desenrolar-se. Ele lembra-se do melhor cigarro que fumou na sua vida. Pode até ser um que fumou há 10, 20 ou 30 anos atrás. Se ele pensar nesse cigarro o tempo suficiente, acaba por querer repetir a façanha. Infelizmente vai ser a façanha a apanhá-lo a ele. Está de novo agarrado a uma droga mortal que o leva agora a fumar mais e a gostar cada vez menos. Desta vez poderá não ter força suficiente para parar de novo. Este cigarro vai-lhe custar a liberdade, a saúde e no pior dos cenários a vida.

Não cometa este erro se deixar de fumar. Lembre-se dos cigarros como no dia em que parou de os fumar, porque é assim que eles vão ser no dia em que voltar a fumar, independentemente de quão longe estes dois dias se encontram um do outro. Lembre-se sempre de como eles eram e também que: FUMAR NÃO É UM HÁBITO, É UM VÍCIO!
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